Para muitos, ser chamado de diabético é como ser definido apenas pela doença e não por quem se é. É como se eu deixasse de ser a Luana, jornalista, mulher, etc e tal para ser apenas a diabética, a menina que tem a doença.
Pensando assim, seria melhor ser chamado de pessoa com diabetes, pois significaria que eu ainda seria a Luana, jornalista, patati patatá que também, entre muitas outras coisas, convive com diabetes.
Fácil de entender, né?
Mas eu vou mais a fundo e quero chamar a atenção para outra coisa: você é diabético ou uma pessoa com diabetes? Quanto a diabetes interfere na sua vida, nas suas decisões? O que você faz ou deixa de fazer pelo simples fato de ter essa doença crônica?
Eu acredito que esse tipo de questionamento é mais importante do que uma nomenclatura dada por outros. Como nos sentimos e o que deixamos de achar sobre a nossa condição é o que nos define. Você pode optar por ser somente mais um serumaninho no mundo que passa os dias sofrendo porque tem uma doença, mesmo sabendo que ela é tratável e não te limita.
Ou você pode correr atrás, aprender, se esforçar, absorver e ser só mais um serumaninho com diabetes que conquistou trocentas coisas, porque sabe que não é a diabetes que vai definir o que você vai ser, como vai ser e o que vai realizar. Isso só você mesmo!
Eu bato na tecla que a diabetes não é um mar de rosas (só a gente sabe o pé no saco que é acordar com uma glicemia de 250), mas vamos lá, não é o pior dos cenários, né?
Eu me vejo como uma pessoa com diabetes. Sim, eu tenho diabetes. Sim, ela não tem cura. Sim, eu tomo injeções todos os dias e às vezes dói mais do que picada de maribondo. E sim, meus dedos são cheios de pontinhos pretos.
Mas sim, eu trabalho como qualquer pessoa. Sim, eu realizo meus sonhos viajando e fazendo doideras nessas viagens. Sim, eu saio com os meus amigos. E sim, eu sou uma feliz.
E você? É um diabético ou uma pessoa com diabetes?
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