Muito se fala sobre aprender a conviver com a diabetes, entender o dia a dia, aceitar a doença e se aceitar com ela, perceber-se novamente incluído na sociedade, aprender que não se está só e que esse é só mais um desafio que você irá vencer. Descobrir que se tem uma doença sem cura e que exige cuidados diários é basicamente reaprender a viver, é educar-se novamente.
Diante disso, pergunto: para que então educar-se em diabetes? Você conhece o significado de educação?
1.
ato ou processo de educar(-se).
2.
aplicação dos métodos próprios para assegurar a formação e o desenvolvimento físico, intelectual e moral de um ser humano; pedagogia, didática, ensino.
A educação parte de quem quer aprender com o apoio de quem quer ensinar com o objetivo de desenvolver o ser humano. Educação em diabetes é, portanto, emponderar e dar conhecimento para que a pessoa com diabetes entenda o que é a doença, como viver bem com ela e mais do que tudo como seguir em frente. Isso mesmo! Essa é, sem dúvida, a parte mais difícil.
Descobrir que se tem uma doença sem cura e que exige cuidados diários é basicamente reaprender a viver, é educar-se novamente.
No Brasil, temos frentes de trabalho nesse sentido. Primeiro das associações, sociedades e faculdades que desenvolvem programas ou pós-graduações como o Educando Educadores, da ADJ, que fazem cursos para profissionais da área da saúde e/ou pedagogia para que estes aprofundem seus conhecimentos e tenham mais base para ensinar sobre a doença.
Os profissionais formados atuam em hospitais, escolas ou por meio de consultorias atendendo de maneira melhor os pacientes com diabetes que chegam a eles. A relevância disso em uma realidade onde médicos mal sabem diagnosticar a doença é imensurável.
Outro grupo que atua nesse apoio são as farmacêuticas. Sim, por que não? Por meio de páginas com tutoriais, vídeos e até posts no Facebook, por exemplo, elas dão dicas importantes para o manejo diário com medições, injeções, contagens e correções.
E temos ainda os blogueiros, pagineiros, tuiteiros, youtubers e instabloggers. Esses em sua maioria são pacientes e por isso, eu acredito, acabam passando uma visão diferente desta nossa realidade.
Uma coisa é um médico dizer, você vai ter que tomar insulina todo dia, mas vai se acostumar, vai entrar na rotina e quando você perceber vai estar fazendo isso no automático. Outra coisa sou eu, ou qualquer outro blogger, dizer o mesmo. E acredite: entra mesmo na rotina e fica mesmo automático!
O trabalho que muitas dessas pessoas, pelo menos a grande maioria delas, faz é voluntário. É chegar lá e mostrar o que elas aprendem de legal todos os dias, dividir, compartilhar e incentivar os outros a aprenderem e melhorarem o seu tratamento também.
É claro que o que é escrito, dito ou gravado por esse grupo é apenas a vivência deles com a doença e não dispensa a consulta com um médico, mas que é bom ver que outras pessoas estão passando pelo mesmo, que tem gente que pesquisa, se informa e repassa, que tem gente pensando positivo e acreditando num dia a dia normal (normal sim, por que não?) é estimulante.
Acredito que somente com educação em diabetes teremos pacientes menos pacientes e mais obstinados, ativos e persistentes.
Unindo todas essas pontas (profissionais treinados, informações de confiança e gente vivendo o mesmo que a gente) é educar-se, aprender o que pode ser o melhor, conhecer as possibilidade, abrir a mente e viver de maneira mais satisfatória.
Eu acredito que somente com educação em diabetes teremos pacientes menos pacientes e mais obstinados, ativos e persistentes. Porque foi-se o tempo em que se descobria uma doença e apenas se esperava o pior. A atualidade tem medicamentos e tecnologias que possibilitam sim uma vida saudável. Por que não aprender sobre tudo isso? Por que não informar-se e fazer o melhor para si? Por que não lutar?
Confira com a hashtag #DiabetesLA no twitter e também pelo blog DiabetesLA o que todos do coletivo Diabetes Latam estão falando sobre Educação em Diabetes. Eduque-se você também!
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