[Mapa do Descaso] Colher depoimentos de desrespeito às pessoas com diabetes: uma tarefa árdua, mas não impossível!

Por Luana Alves

Mapa do Descaso foi criado no dia 14 de Novembro, Dia Mundial do Diabetes, como uma maneira de mostrar que há sim situações de descaso com os pacientes com diabetes no Brasil. E não são poucos.

Chegando em seu sexto mês e contando apenas com depoimentos espontâneos, o mapa já reuniu 230 histórias em todo o Brasil.





O estado de São Paulo continua a frente com 89 casos, ainda seguido por Minas Gerais, que se descolou do Rio de Janeiro. Estes somam 45 e 22 casos respectivamente. Um destaque aqui para Santa Catarina, que vem subindo no levantamento, chegando a 15 denúncias. O número de estados participantes subiu de 17 para 20 dos 26 entes da federação.


O mapa abaixo, mais completo, mostra os tipos de denúncia e onde elas estão localizadas pelo Brasil. Clicando em cada círculo há um descritivo de cada caso:


Essa análise nos mostra que o trabalho é de formiguinha, mas não impossível. Aos poucos as pessoas vão se encorajando para dar o seu depoimento, contar a sua história. É um passo difícil para muitos, mas tudo isso poderá em breve fazer uma grande diferença.

Esse mapa pretende reunir gritos de socorro por um tratamento decente aos pacientes com diabetes. Busca mostrar para os governantes em que estados e cidades há mais pessoas com dificuldades. Para que em um futuro não muito longínquo possamos:

1) ter acesso ao que já nos é de direito pela listagem do SUS sem que falte nada (glicossímetro de qualidade, tiras reagentes, seringas e insulinas NPH e Regular, além de medicamentos orais)

2) ter acesso ao tratamento ganho na justiça ou por processo administrativo sem que nos falta nada (insulinas análogas, agulhas de canetas, canetas de aplicação de insulina, bombas de insulina e seus insumos)

3) ter acesso a consultas em tempo hábil (para um controle eficiente um paciente precisa ter consulta com endocrinologista e nutricionista a cada três meses, além de acompanhamento com dentista, oftalmologista, cardiologista, angiologista, entre outros, uma vez ao ano)

4) ter programas de formação de profissionais das redes pública e particular para que saibam diagnosticar e tratar os vários tipos de diabetes

Tudo isso pode sim ser conquistado, basta todos levantarem sua voz. Juntos!

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Dê seu depoimento: bit.ly/mapadodescaso!

Luana Alves

Tenho mania de escrever e de ver sempre o lado bom das coisas. Com diabetes desde 2010, acredito que uma vida controlada e divertida é possível sim. Jornalista, creio que posso ajudar os outros a acreditar também. Que saber mais sobre mim? Clica aqui!

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