[Pesquisa] Quase metade dos brasileiros com diabetes tipo 2 relatam ter problemas de adesão ao tratamento

Quase metade (43%) dos brasileiros com diabetes tipo 2 relata ter problemas de adesão ao tratamento. Esse é um dos resultados de uma pesquisa regional, feita a pedido da Janssen, com 425 pacientes do Brasil, Colômbia, México, Argentina e Guatemala.

No Brasil, apesar de 89% dos pacientes terem reconhecido a adesão como o principal fator para controlar o diabetes, quase a metade (43%) do total dos entrevistados confessa ter parado de tomar a medicação pelo menos uma vez, em geral devido a mitos e equívocos. Vale destacar que a falta de adesão traz como consequência complicações e danos irreversíveis para o organismo, como doenças cardiovasculares, infecções respiratórias, cegueira, disfunção renal, dano nervoso e lesões cutâneas, entre outras.1


Entre as razões apontadas pelos pacientes, estão o esquecimento ou o uso excessivo de comprimidos, além de mitos, como a ideia de que, se não há sintomas, a doença está sob controle. 82% dos pacientes no país consideram que, nessa situação, não há necessidade de continuar o tratamento. No entanto, de acordo com a Associação Americana de Diabetes, mesmo que os sintomas não sejam manifestados, é necessário continuar com a terapia prescrita pelo médico a fim de evitar a progressão da doença. 2 A pesquisa também mostrou que os três sintomas mais conhecidos dos pacientes são cansaço, visão turva e urina frequente. Entretanto, há outros como desidratação, fome, tontura e infecções genitais, que também podem estar relacionados à doença, mas não são mencionadas com frequência pelos diabéticos.

Outro fator envolvido na falta de adesão é o uso da medicina alternativa - que representa, no Brasil, o terceiro fator pelo qual os pacientes decidem não adotar os tratamentos prescritos pelo médico. No país, 35% considera que o diabetes pode ser controlado apenas com medicina alternativa.

Hoje em dia, já estão disponíveis novos tratamentos orais, como os inibidores do co-transportador sódio-glicose tipo 2 (SGLT2), tomados uma vez ao dia, que representam uma redução no número de comprimidos e, portanto, facilitam a adesão ao tratamento. Essa alternativa terapêutica oferece maior controle da glicose, além de reduzir o peso corporal e a pressão arterial.

Luana Alves

Tenho mania de escrever e de ver sempre o lado bom das coisas. Com diabetes desde 2010, acredito que uma vida controlada e divertida é possível sim. Jornalista, creio que posso ajudar os outros a acreditar também. Que saber mais sobre mim? Clica aqui!

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